Propriedades do entorno da Barragem do Miringuava desenvolvem ações sustentáveis para preservação da água
O Instituto Água e Terra (IAT) apresentou, virtualmente, durante o XXlll ENCOB, uma visita técnica realizada na Barragem do Miringuava, que está sendo construída em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, como forma de enfrentamento da crise hídrica. O objetivo foi mostrar que as ações sustentáveis realizadas por proprietários do entorno da Bacia do Miringuava contribuem para a segurança hídrica.
As obras da Barragem do Miringuava estão em andamento, com previsão de conclusão em março de 2022. Os investimentos da Sanepar no local giram em torno de R$ 160 milhões. A barragem terá capacidade de reservação de 38 bilhões de litros de água, o que garantirá a distribuição de 2 mil litros de água por segundo, podendo abastecer cerca de 650 mil habitantes.
O uso sustentável do solo, proteção de nascentes, plantio de árvores, produção de abelhas, turismo de natureza e pedagógico, são alguns exemplos presenciados na região conhecida pela agricultura familiar.
“As atividades que utilizam ou impactam a água do entorno devem ser regularizadas e sustentáveis para que se mantenha a qualidade e estimule o aumento da vazão dessa água”, explica o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro.
No tema Inovabilidade no Saneamento Ambiental, o Gerente de Pesquisa e Inovação da SANEPAR - Gustavo Possetti - enfatizou que o reconhecimento da tecnologia é feita de homens para homens e como ela pode melhorar significativamente a vida das pessoas.
A SANEPAR possui um departamento dedicado as pesquisas de tecnologia e inovação para gerar valor para a sociedade com objetivo de atender a sustentabilidade ambiental.
Resíduos orgânicos viram energia na CS Bioenergia
A geração de energia por meio de resíduos agrícolas, orgânicos, industriais e lodos sanitários, também foi assunto de visita técnica virtual, apresentada pela CS Bioenergia na manhã dessa segunda-feira (4).
A energia do biogás ocorre através da conversão da energia química para energia mecânica pelo processo de combustão, ativando um gerador para produzir energia elétrica. Uma solução sustentável que minimiza os impactos do meio ambiente.
Parte desses resíduos são de rejeitos finais das estações da Sanepar. “Com a tecnologia utilizada na CS Bio, esses produtos não são destinados para aterros sanitários e tem sua vida útil prolongada”, argumenta Orlando Hernandez, diretor da Planta Industrial da CS Bioenergia.
Orlando Hernandez - Diretor de Planta Industrial da CSBio Energia, discorreu sobre a destinação do lodo e a geração de energia em parceria com a SANEPAR, com o objetivo de inovação e tratamento de resíduos, dentro do tema da Inovabilidade no Saneamento Ambiental.
Hernandez lembrou que a inovação vai crescendo e alimentando-se de "feedbacks", de forma adequada e sustentável.
José Luiz Scroccaro - Diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do Instituto Água e Terra - explanou acerca da Segurança Hídrica na Região Metropolitana de Curitiba e ressaltou a interligação de sistemas para amenizar a situação da crise hídrica.
Em seguida foi divulgados vídeos acerca da outorga da água e seus usuários para minimizar o desabastecimento de água na bacia do rio Miringuava e os projetos e parceiros com o objetivo de cooperação e fomentação para a conservação da água e do solo na região. Destacou-se a importância de se manter a biodiversidade para a segurança hídrica.
Scrocaro salientou sobre o PSA - Programa de Serviços Ambientais, que traz inúmeros benefícios aos proprietários e agricultores que trabalham com boas práticas na região.
Na segunda parte das apresentações da manhã, o Senhor Everton Luiz da Costa Souza, Presidente do Instituto Água e Terra e do CBH Paranapanema, conduziu a o Painel de exposição de Ações Estratégicas para a Gestão de Recursos Hídricos no Paraná.
Danielle Tortato abordou sobre o atual funcionamento dos Comitês de de Bacias Hidrográficas do Paraná. Ressaltou que além da contribuição com a quantidade e qualidade de águas para a presente e futuras gerações existem os instrumentos de gestão implementados nas bacias.
Carlos Alberto Galerani trouxe aspectos da Prevenção e combate a Erosão Urbana. Discorreu sobre o controle da drenagem urbana e explanou sobre o controle da drenagem em relação às cheias e inundações como causas de erosão.
Galerani destacou, ainda, a urgência de providências para conter a erosão da região de Loanda - Noroeste do Paraná.
Tatiana Nasser discorreu sobre os Projetos Especiais e destacou os Paques Urbanos como combate as erosões e melhoria da qualidade de vida nos espaços públicos urbanos.
O painelista, Ronye Pascoalotto, falou sobre o Programa Águas no Campo, uma parceria do Estado com as Prefeituras em busca de atendimento das necessidades da população através de perfuração de poços artesianos.
Julio Gonchoroski - Diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT - teceu considerações acerca do Programa Água do Futuro e como usar as margens do Rio Iguaçu como sistemas de wetlands. Ele ressaltou a importância da união e esforços dos diferentes níveis de governo: federal, estadual e municipal, para a concretização desse trabalho.
O Presidente do CBH Paranapanema e do Instituto Água e Terra, Everton Luiz da Costa Souza, contextualizou o painel e agradeceu aos palestrantes presentes pelo valoroso trabalho desenvolvido em prol do Meio Ambiente.
Em seguida ressaltou as diversas medidas que o Instituto Água e Terra providencia no Estado do Paraná.
Everton discorreu brevemente acerca das Ferramentas de Apoio à Gestão de Recursos Hídricos e sobre a plataforma inteligente de Gestão Ambiental através do Programa de Transformação Digital do IAT -i9 Ambiental, na oportunidade o comunicou o relançamento do livro "Paraná e sua Águas" em versão atualizada e revisada.
Ao final do Painel da manhã do primeiro dia do XXIII ENCOB, ele ainda dinamizou as perguntas dos participantes on-line e as respostas dos painelistas.
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