Em um momento crucial na história, quando países discutem temas vitais relativos à água, o mundo se prepara para um grande encontro que debaterá problemas e soluções ligados ao tema. Este evento internacional – o 8º Fórum Mundial da Água - acontecerá pela primeira vez no Hemisfério Sul. O país escolhido foi o Brasil.
O Brasil já está em contagem regressiva para a realização do 8º Fórum Mundial da Água, que acontecerá em Brasília de 18 a 23 de março de 2018 e que tem como tema “Compartilhando Água”. Esta será a primeira vez que o evento acontece no Hemisfério Sul e deve reunir mais de 30 mil pessoas vindas de todas as partes do Planeta.
O Brasil concentra 12% da água doce do mundo. Cerca de 60% do território brasileiro é composto por bacias hidrográficas estendidas por países vizinhos, e reúne 83 rios fronteiriços e transfronteiriços. O Brasil tem domínio sobre 63,5% da bacia amazônica, o que corresponde a 45% do território nacional. A Floresta Amazônica tem um papel importante como coletor de carbono e influencia a precipitação no Brasil e na América Latina - uma parcela considerável do planeta. ““ “É natural, então, que estejamos sob o olhar do mundo quando as questões da água e do meio ambiente estão envolvidas”, manifesta-se José Sarney Filho, ministro brasileiro do Meio Ambiente e anfitrião do evento ( através da ANA – Agência Nacional de Águas ) ao lado do governo do Distrito Federal (através da ADASA Agência Reguladora e Fiscalizadora do Distrito Federal).
O 8º Fórum Mundial da Água não produz acordos vinculativos a serem adotados pelos países signatários. É, no entanto, o principal evento mundial com o poder de reunir todas as partes da cadeia da água - usuários e sociedade civil, pesquisadores, gerentes e políticos - em discussões necessárias, muitas delas urgentes - com poder para chamar democraticamente a atenção para temas relacionados à água e agendas governamentais.
Com o amplo leque de temas apresentados em mais de uma centena de sessões e mesas de discussão, abertura de feiras, exposições e atividades culturais, o 8º Fórum Mundial da Água também é uma excelente oportunidade para compartilhar experiências entre vários países e entidades. Coincidindo com o tema do Dia Mundial da Água instituído pela ONU - Águas Residuais -, este ano serão apresentados e discutidos os esforços de cooperação que melhoram os processos industriais relacionados com a água e incorporam tecnologias relacionadas com a água.
Esta edição brasileira do maior encontro do mundo sobre questões relacionadas à água introduz duas novidades no 8º Fórum Mundial da Água: o The Your Voice Platform - uma ferramenta de consulta on-line que torna o evento ainda mais democrático porque possibilita o envolvimento do maior número possível de pessoas, que votam pela internet em temas de sua preferência. A outra inovação é o chamado Grupo Focal de Sustentabilidade, que pretende garantir que as questões relacionadas à sustentabilidade sejam incorporadas em todos os processos e comissões do Fórum.
“Para nós, o 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília, representa uma oportunidade para agregar esforços para chamar a atenção dos políticos, gestores, usuários e sociedade civil para a necessidade de melhorar a gestão da água. A questão do saneamento em favelas e um foco forte na gestão de água segura, por exemplo, são contribuições brasileiras para o tema principal da reunião”, explica o Ministro José Sarney Filho.
O 8º Fórum Mundial de Águas leva a assinatura do WWC (World Wather Concil).
Evento preparatório
Apesar de estar a quase ano do evento, o 8º Fórum Mundial da Água já está em preparação. Além das consultas on-line, Brasília realizará a 2ª Reunião de Consulta de Stakeholders (partes interessadas e envolvidas) que acontecerá nos dias 26 e 27 de abril. A cidade acolherá aproximadamente 700 participantes do mundo inteiro , que discutirão os principais pontos a serem levados ao Fórum no próximo ano. Maiores informações na página virtual do 8º Fórum Mundial da Água.
Para Sarney Filho, Ministro do Meio Ambiente do Brasil (foto), o evento representa uma oportunidade impar de se chamar a atenção para a necessidade de se melhorar a gestão da água