O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou no dia 16 de fevereiro, que as obras dos reservatórios em Amparo e Pedreira serão iniciadas ainda em 2016 e com previsão para serem concluídas em 2019. O anúncio foi feito durante evento de lançamento, em Nazaré Paulista (SP), das obras de interligação do reservatório Atibainha do Sistema Cantareira com o reservatório Jaguarí, em Igaratá (SP).
Alckmin ainda disse que abrirá no próximo mês a pré-qualificação das empresas que disputarão a construção das barragens de Amparo e Pedreira. As represas serão construídas nos rios Camanducaia e Jaguari, com custo estimado em R$ 760 milhões. Além disso, será construído um sistema adutor, estimado em R$ 346 milhões, para que a água armazenada possa ser distribuída às 20 cidades que serão beneficiadas com os reservatórios.
Para custear a construção dos reservatórios nas Bacias PCJ, o governo vai utilizar parte do empréstimo de US$ 204 milhões, cerca de R$ 813,9 milhões, conseguido junto ao banco Corporação Andina de Fomento (CAF) e destinado à implantação de projeto de macrodrenagem no Rio Baquirivu-Guaçu, em Guarulhos. No entanto, para poder remanejar os recursos, Alckmin solicitará a autorização da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e também confirmou que enviará nos próximos dias à Assembleia Legislativa projeto que autoriza a transferência desses recursos.
O secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, ponderou que as obras de combate às enchentes na Bacia do Alto Tietê irão ocorrer, mas o governo decidiu priorizar as Bacias PCJ.
Os novos reservatórios serão construídos pelo Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE). As barragens serão construídas abaixo do complexo Cantareira e têm por objetivo criar uma reserva hídrica estratégica nas Bacias PCJ.
De acordo com o projeto, o reservatório de Pedreira ocupará uma área de 2,1 quilômetros quadrados no Rio Jaguari e vai permitir uma vazão regularizada de 9,6 mil litros de água por segundo. O reservatório Duas Pontes, no Rio Camanducaia, deverá ocupar uma área de 4,6 quilômetros quadrados e vai permitir uma vazão regularizada de 9,8 mil litros por segundo, segundo o DAEE.
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